A aventura de Antonio "Tony" Montana

May sorriu e começou a andar para for a da praia. Os pokemons que participavam da tal cerimônia aos poucos iam se dispersando, os últimos a ficarem foram os Slowpokes que ainda dançavam mesmo sem música. A voz de May era aveludada, sensual e gostosa de se ouvir, certeza que ela poderia ter sido uma ótima cantora.

- Eu estou dormindo no hotel Brazens Champion, mas somente escolhidos pela Elite 4 podem entrar. Então acho melhor você ficar no centro pokemon.

Hererra ouviu as palavras de Tony e escondeu os olhos atrás das suas asas e se encolheu atrás da cabeça do Tony. Sua cauda caía estranhamente pelas costas largas de Tony e a primeira vista parecia que era um rabo de cavalo. Em pouco tempo eles chegaram até a frente do Centro Pokemon. O Centro Pokemon de Plum era praticamente uma obra de arte. Ao redor da construção tinha duas enormes ondas de concreto que dão uma aparência magnifica ao lugar. O teto é arredondado e vermelho e um chafariz se faz presente logo no saguão de entrada. A contrução tem dois andares e era feita praticamente inteira de enormes janelas de vidro na sua parte frontal.

- Boa noite. Te encontro amanhã de manhã aqui na frente mesmo. Pra você também, pequenino.

Ela se curvou e deu um beijo no bico do Hererra. Com Tony ela estendeu a mão.

Olha só, e não é que a May era uma grandona da região? É muita coincidência encontrar com um ícone daqui logo no primeiro dia de estadia naquele continente desconhecido por mim. Mas não me empolguei muito, e mantive a minha posição de inicio, não queria dar esse gostinho pra ela se sentir fodona.

- Tá ok então May, amanha de manhã eu apareço aqui. - Disse enquanto apertava a mão dela com um pouquinho de força e me despedia dela entrando dentro do Centro. Fui diretamente a enfermeira e pedi a chave de um quarto para repousar essa noite. Herrera estava bem camuflado, e passava por despercebido pela visão de todos.

May desapareceu na noite, indo em direção a uma enorme, tipo muito enorme, construção acima da colina. Ela era toda iluminada e cheia de estátuas gigantes, era realmente um palácio. Tony entrou no CP e logo pediu a chave para a enfermeira, a qual lhe entregou a chave do quarto 102.

- Você tem sorte, senhor. Este quarto tem vista para o Jardim das águas. Espero que aproveite a noite.

Assim que entraram no quarto, Hererra saltou do pescoço de Tony e pulou na cama. Claro que só tinha uma cama no quarto e ele tinha se apossado dela. O quarto era bem simples: uma cama, uma mesa, um banheiro simples e uma varanda. O barulho contínuo de água tomava conta do local.

Agradeci a enfermeira, dando uma pequena piscada pra ela antes de me retirar, e subi ao meu quarto repousar desse grande dia. Ao chegar no quarto, Herrera logo saltou na cama pra dormi, dei uma risada com aquela cena e fui me dirigindo a janela da uma olhada na paisagem que a enfermeira tinha me contado. Eu tinha tirado uma pestana lá na floresta, por isso eu não estava com tanto sono.

- Vou reestruturar todo o meu Império de volta, isso eu tenho certeza... - Olhei pro céu e observei um dirigível com uma frase escrita: O Mundo é seu. - ... Éeee... Irmãos Diaz, Nacho Contreras, Gaspar Gomez... e você principalmente Alejandro Sosa, vão pagar por tudo que fizeram contra mim.

Fiquei refletindo um pouco sobre minha vingança futura, e olhei pra cama vendo Herrera já dormindo. Fui até a cama e afastei ele um pouco pro lado e me deitei na cama puxando o coberto até a metade do meu corpo, pegando num sono.

Quando Tony finalmente conseguiu adormecer, ele podia ouvir o barulho da água junto com o ronco do Hererra. Na manhã seguinte, Tony acordou com alguém batendo na sua porta. A voz de May vindo do outro lado parecia bem impaciente.

- Não combinamos ao amanhecer? Já são seis e cinco!!

Hererra tinha abraçado a perna de Tony durante a noite e estava babando nela. O barulho não o havia acordado.

Demorei pegar no sono, em compensação quando dormi, fui direto e já ouvia o bater da porta pela May impaciente do outro lado de fora. Levantei num pulo, com a camisa toda desajeitada, mostrando até mesmo um pedaço do meu peito. Estava descalço, e Herrera ainda continuava agarrado na minha terna. Fui até a porta dando uns saltos e abri a porta olhando pra May apenas com um olho.

- Caramba gata, foi mal... mas perae, são que horas mesmo? Seis e cinco!!!!!!!!! - Cocei a cabeça bagunçando ainda mais o meu cabelo. - Mas tu madrugou legal hein? Caralho... Entra ai rapidinho que eu vou trocar de roupa no banheiro. - Disse deixando a porta semi aberta pra ela, e indo até uma muda de roupas minhas e me dirigindo até o banheiro quando me toquei ainda em uma coisa grudada na minha perna.

- Heeerreraaaa, acorda!!! - Disse dando uns tapas de leve no passaro fazendo ele sair da minha perna, onde eu pude entrar no banheiro de vez.

May bateu com a mão na testa ao perceber que Tony tinha realmente acabado de acordar.

- Te espero no corredor. Vai rápido.

Hererra soltou um pouco zonzo da perna de Tony e olhou para cima. Sua cara era de muito sono, em seguida ele subiu na mochila de Tony e se enrolou em cima dela, voltando a dormir.

- Você demora muito. – Comentou May quando Tony saiu do banheiro. – Assim perdemos grande parte do dia. Podemos ir logo?

Antes de ouvir a resposta, ela já caminhava para fora do Centro Pokemon e o esperava do lado de fora. O sol estava bem forte e o mormaço já tomava conta da cidade.

Após meu banho, eu só ouvia as reclamações da May do lado de fora, fiquei ignorando enquanto me lavava e me refrescava com um banho gelado pra me acordar. Ainda nem tava acreditando que ela veio me acordar seis e cinco... puta merda, vai gostar de acorda cedo assim no inferno.

Coloquei uma roupa mais fresca, onde eu ficava mais confortável para aquele mormaço que parecia está do lado de fora do Centro. E aproveitei pra botar meu óculos de sol.


Peguei minha mochila com Herrera em cima e coloquei nas costas, me olhei no espelho ajeitando o meu cabelo e sai lá pra fora, aonde se encontrava May.

- Que grande parte do dia mulher? Enfim, bora logo antes que você reclame mais. - Fiz um sinal com a mão enquanto acompanhava ela ao seu lado.

May estava concentrada no seu Kpad quando Tony se aproximou. Ela levou um pequeno susto quando ele falou, fazendo com que ela desse um pequeno salto e colocasse a mão sobre o peito.

- Claro....vamos. Temos dois dias de viagem ainda e uma cidade para passar. Espero que eu não tenha que te carregar.

May estalou os dedos e depois tocou algumas sequencias no seu Kpad. De repente um helicóptero desceu do céu e ela entregou as suas malas para o homem que estava la dentro. Em seguida ela moveu a mão e o helicóptero foi embora.

- Pronto. Podemos partir.

Ela tinha agido como se fosse a coisa mais normal do mundo. Ela tinha um andar bonito, sua cintura se movia de um lado para o outro e seus passos eram determinados, mesmo que ela estivesse usando salto alto. Aos poucos a cidade foi ficando para trás e a estrada perdeu a pavimentação que possuía.

- O quanto você conhece de Brazen?

Hererra continuava dormindo em cima da mochila de Tony. Um sono profundo. A língua do pokemon caiu pra fora do bico e encostou na nuca de Tony conforme eles andavam.

Eu já estava preparado pra prosseguir com a gostosona, até tava empolgado com o que eu ia acontecer dali em diante.

- CARALHO!! Dois dias de viagem gata? - Olhei pra ela por cima dos óculos pra constatar se era mentira ou verdade. Quando identifiquei a seriedade nos olhos daquela mulher, percebi que tudo era verdade e respirei fundo com aquela noticia tensa.

- Mas... - Do nada, mas do nada mesmo, vem um helicóptero e leva as malas dela com a maior naturalidade do mundo. - Mas por que a gente não pegou esse helicóptero e fomos direto pra cidade, seria bem mais rápido mulher!

Realmente eu não compreendia o por que ela estava escolhendo o caminho mais difícil, mas só sei que aquilo me deixou meio frustrado. Gostava de dificultar as coisas.

- Não. - Respondi seco pra ela enquanto levava a mão até a minha nuca e mexia no Herrera pra ele acordar de vez.

May respirou fundo, enquanto caminhava ela mexia no seu Kpad. Aquelas realmente não eram as respostas que ela desejava, apesar de esperá-las.

- Certo. Sobre o helicóptero, como iríamos estudar os pokemons hoje e conhece-los sem a aventura? Esperava um pouco mais de inteligência e não só músculos e bom corpo e...

Ela interrompeu o pensamento e arrumou os óculos. Hererra mordeu a mão do Tony e em seguida acordou, sentando no ombro dele.

- Bom....dia....
- Bom dia pequenino. Bem, Brazen é um continente dividido em duas áreas: a norte, Benoh e a sul, Salvia. Benoh tem 150 pokemons exclusivos que só existem aqui, além dos pokemons encontrados em outros continentes. Já Salvia, onde eu trabalho, possui mais 150 pokemons excluivos. Cada região tem oito ginásios oficiais e a Liga é unida entre elas. Bem, claramente Salvia possui mais tecnologia e a exporta para Benoh, enquanto esta possui mais vegetação e exporta comida para Salvia.

Conforme ela explicava e andava, o grupo adentrava cada vez mais na floresta. Ela era bem fechada, com grandes árvores fechadas assim como aquela na qual Tony tinha se perdido. Por sorte eles seguiam por uma trilha, onde até seis pessoas conseguiriam andar lado a lado. Aqui e ali uma folha planta avançava sobre a trilha, mas eram poucas.

- Bem, o que mais... estamos indo para a cidade onde esta o laboratório do professor Kavus. Ele é mestre na pesquisa sobre modificações físicas do pokemon, ele costumava ser o campeão da Liga. Somos grandes amigos e rivais, por assim dizer. Bem, só se pode competir na liga com oito insígnias. Benoh possui uma maior gama de ambientes extremos, como o Pico Azul e o deserto. Se bem que o deserto tem parte em Salvia. Brazen, o continente é dividido pelo rio Aqueronte e na ilha no meio do seu percurso fica a cidade sede da E4.

Amy respirou fundo e se aproximou de uma planta que beirava a estrada. Ela passou o dedo sobre a sua superfície e passou a língua no dedo em seguida, num movimento extremamente sensual. Em seguida ela olhou em volta.

- Como eu imaginei, estamos no território de pokemons territoriais. Temos que tomar mais cuidado. Porém, como eu imaginava...consegue ouvir?

O silêncio só era quebrado pelo vento a soprar pelas folhas. Hererra se levantou em cima da cabeça de Tony, bagunçando o seu cabelo, e colocou as patas de forma a tentar ouvir alguma coisa.

Levei um esporrinho básico da gostosona que queria me mostrar de perto como era viver naquele continente vasto em que ela vivi. Sua voz vinha como musica para meu ouvido, e os gestos sensuais mais naturais dela me faziam ouvir toda aquela história sobre o continente sem me cansar, tava me dando até sono, mas eu tinha que aguentar. Teve um momento que cheguei dar alguns passos de olhos fechados, tudo graças ao meu óculos que escondia que eu estava tirando uma rápida pestana.

- Isso tudo que você falou é muito interessante May, me empolga até... - Disse dando uma olhada pra bunda dela e depois voltando o olhar pra ela falando. - Área hostil... prevejo merda por ai... Ouvir?

Pausei um pouco meus passos e dei uma olhada em volta procurando algum barulho que chamasse a minha atenção, mas a única coisa que eu ouvi foi o barulho do vento passando pelas copas das árvores até chegar a minha pele.

- Ouvi porra nenhuma, muito menos Herrera... O que tu tá ouvindo mulher?

Ela respirou fundo e continuou a andar.

- Realmente, nada. Normalmente essa floresta esta repleta de barulho de pokemons. É isso que precisamos estudar. Os pokemons estão mudando os seus hábitos de forma estranha e imprevisível, alguns deles estão quase em extinção enquanto outros estão virando verdadeiras pragas. Desconfiamos que seja obra humana, mas precisamos estudar mais para ter certeza e tomar ações preventivas e objetivas.

Ela respirou fundo enquanto continuava caminhando, então sacou o Kpad e recomeçou a digitar e escrever com a sua caneta. Ela arrumava o óculos de tempos em tempos, concentrada no que quer que estivesse fazendo.

- Por exemplo, as Butterfrees dessa área estão tendo a sua coloração alterada, estão ficando com as asas esverdeadas. Já os Vileplumes estão com tamanho menor das suas pétalas, enquanto os Shiftry estão perdendo pelos. Entende o nível de perigo que corremos?

Ela apressou o passo, o sol ficaria a pino em algumas horas. O calor começava a abafar bastante o ambiente. May limpou a testa com a palma da mão e voltou a trabalhar no Kpad.

- Isso se estende por toda Benoh. Salvia ainda não apresentou essas mutações, por isso Kavus pediu o meu auxílio.

Hererra parecia entretido com as plantas pelas quais eles passavam, olhando para as árvores como se alguma coisa diferente estivesse acontecendo.

O calor só aumentava a medida que a gente caminhava com o sol batendo nas costas, a floresta mesmo um pouco densa, vazava alguns raios solares que faziam meu corpo suar facilmente. Eu não conseguia me concentrar em tudo que a May falava, aquele calor tava sinistro.

- Saquei, saquei, realmente esse lance é estranho... Talvez seja alguma organização criminosa bolando alguma ideia louca pra dominar o continente... Acredite, eu já vi algo parecido de perto, e isso tem cheiro de mão humana. - Disse enquanto desabotoava o restante dos botões da minha camisa pra ficar mais fresco.

- Olha May, eu espero ajudar realmente vocês, só não quero que criem muita expectativa em cima de mim, até por que não sou um super-herói. Mas pode contar com o meu máximo, estou ao seu dispor delicia. - Disse abrindo um sorriso, abrindo também os braços. - Que horário mais ou menos a gente deve chegar na próxima cidade?

May se virou um pouco, olhando de canto de olho Tony abrir toda a camisa. Ela virou para a frente logo em seguida, meio sem graça. Ela limpou a garganta e voltou a mexer no Kpad.

- Segundo o mapa e o relógio, são 11 horas e chegaremos a primeira cidade dentro de 4 horas. Se nenhum imprevisto ocorrer.

Como se as palavras tivessem poder, do mato saíram 4 jatos brancos, May desviou deles com um rodopio preciso, porém Tony não teve a mesma sorte. Os jatos eram pegajosos e o prenderam ao chão com força. Hererra saltou para o chão e fixou o olhar da onde vinham os ataques.

- Saquei!!

May continuou andando, fixa no seu Kpad. Ela se virou de repente, a alguns metros de distância e arrumou o óculos.

- Supere. São 1 Wurmple, um Weedle, um Caterpie e um Scatterbug. Você sabe que o seu pokemon consegue vencê-los facilmente. Se precisar, grite.

Assim ela continuou andando como se nada estivesse acontecendo. Tony não iria conseguir se soltar sozinho e Hererra parecia mais preocupado com os insetos.

Quatro horas de viagem... a pé... em pensar que isso tudo podia ser resumido numa simples viagem de helicóptero... Por que essas mulheres gostam de ser complicadas? Não consigo entender isso.

- É nessas horas que meu coração aperta de sau... - Do nada, mas do nada surge uns jatos de teia que me fazem colar no chão. Em vez da desgraçada da marrenta me ajudar, saiu andando como se nada tivesse acontecido. Eu não podia me mover direito, mas o pouco que eu conseguia, fiz questão de lançar o dedo do meio para ela. - Tá com medinho de sujar a roupinha de seda né o bestinha? Vai com Deus então!

Desde que eu comecei aquela visita a esse continente, era só estresse, parece que eu teria que passar por mais um...

- Herrera, pelo que eu sei, insetos são fracos contra tipo voadores... e você é um tipo voador. Usa alguma ataque voador contra eles e termina logo com essa porra. - Após falar, comecei a tentar me soltar daquelas teias.

May ignorou a provocação de Tony, pelo jeito estava bem concentrada no que estava fazendo no seu aparelho. Hererra, por outro lado, olhou para o treinador e suspirou, provavelmente queria que ele lutasse no seu lugar, mas do jeito que o humano estava preso, não iria conseguir fazer nada.

- Bestinha....

Então ele saiu correndo e deu uma bicada certeira no Caterpie, fazendo com que ele batesse numa árvore. Os outros três começaram a correr sem direção pela estrada de terra, porém não tinham parado com o String Shot, o que fazia com que Tony ficasse cada vez mais enrolado, parecendo um enorme algodão doce. O Caterpie ainda não estava fora de combate e logo ficou frente a frente com Hererra. Os dois se olhavam como se fossem cowboys antigos. O pássaro alado só esperava as ordens de Tony, o qual só conhecia o seu ataque Peck.

Mas que porra esses insetos queriam comigo? Me fazer de almoço nessa merda! Bem que aquela May falou, lugar totalmente hostil essa área aqui... Enquanto eu ficava mais enrolado naquelas teias, me lembrei de um canivete que sempre andou comigo no bolso, e procurei ele no mesmo. Quando senti aquele metal em meus dedos, comecei a usa-lo contra teia pra corta ela de vez.

- Oooo Herrera, mandou bem cara! Agora continua com as Bicadas nos insetos. Mata logo a Caterpie que a fraca, e depois parta pra outra. Sacou?

Tony estava realmente envolto num casulo, impossibilitando ele de alcançar os seus bolsos. A tentativa de movimentação o fez quase se desequilibrar e cair no chão. Os outros três pokemons insetos continuavam correndo e lançando seda no gangster, ele estava quase redondo. May se virou e respirou fundo.

- Pare de brincadeiras, Cherymoya Town nos espera!!

Hererra, por outro lado, estufou o peito com o elogio de Tony, o que fez com que a Caterpie encontrasse uma abertura e acertasse uma investida forte, fazendo com que o pokemon de Tony desse alguns passos para trás com as patinhas na barriga. Quando ele foi atacar novamente, a Caterpie se encolheu e lançou um belo String Shot na goela de Hererra, impedindo o seu ataque e fazendo ele se engasgar. Ele tossiu a bola de seda no chão e parecia bem irritado, o que fez com que a Caterpie tremesse.

- VAI SE FUDER PORRA!!! - Gritei alto pra May. Se já não bastava eu ta todo fudido ali, ainda tinha que ouvir cinismo da parte dela?

- Herrera caralho, mostra logo seu poder contra essas merdinhas parasitas. Insiste no Peck até mata-los... eles tão debochando de você que eu to vendo.

O lance era fazer Herrera ficar puto, e aumentar seu poder com isso.

- May, se isso aqui fosse uma ladeira, eu fazia questão de rolar até te acertar como se fosse um pino de boliche.

May deu uma risada cínica e caminhou de volta até Tony, ficando a alguns metros dele. Ela ajeitou o óculos, parecia se divertir com a situação.

- Você sempre pode pedir ajuda, sabia?

Ela voltou a mexer no seu Kpad. Hererra olhou para os insetos em volta, ele estava realmente irritado com aqueles insetos. Então correu até o Caterpie e o acertou com uma volta o acertou em cheio 3 vezes com o Tail Slap. O inseto verde estava fora de combate. Em seguida virou-se para os outros oponentes, eles tremeram e começaram a correr o mais rápido que conseguiam, o que formava uma cena patética.

- Porra!! – Hererra gritou.

Em seguida ele começou a chutar todos os insetos com um double kick. Ele pulava, planava um pouco e os acertava com as duas patas. Ele tinha movimentos bem fluídos, o que contrastava com a sua aparência costumeira. Em menos de um minuto, ele havia deixado os quatro pokemons insetos desacordados no chão. Ele encheu o peito, agora Tony sabia que ele tinha os ataques: sand attack, peck, tail slap e double kick. May se agachou perto dele e acariciou a sua cabeça.

- Ótimo trabalho, Herr... você sabe se virar muito bem sozinho.

Tinha sido, obviamente, uma alfinetada a Tony. Os dois ficaram olhando para o gangster que estava preso naquela grande bola de baba de inseto. Hererra caminhou entre os insetos enquanto lançava a sua pokebola para cima, provavelmente imaginando se valia capturar um deles como seu escravo.

- Merdinhas parasitas.....

Herrera finalmente tinha derrotado aquelas larvas filha da puta que me sacanearam daquela forma, uma por uma ele deu cabo delas sem perdão algum. Mandou bem demais aquele passarinho falastrão. Já eu, que não tinha nada a ver com a batalha, tinha me fudido com aquelas teias, e ainda por cima tinha que ficar ouvindo as ironias daquela mulher que já estava me enchendo o saco.

- Do lugar de onde eu vim, as pessoas costumam ajudar as outras sem ao menos ouvir algum pedido. Parece que você mostrou muito bem um exemplo de cidadão dessa região.

Cuba... que saudade daquele lugar, lá sim era um ótimo lugar para se viver... pena que não posso esta lá... pelo menos não agora.

- Já que você se sente feliz por ouvir isso, então lá vai: Me tira logo dessa merda.

May sorriu ao perceber que o homem não era sempre só um corpo bonito. Ele tinha certa humildade, pequena e quase invisível, mas estava ali. Ela lançou uma pokebola para o ar, porém tinha algo bem diferente nela. A pokebola era totalmente esverdeada com uma luz verde neon no seu centro. Um laser verde saiu quando ela se abriu e um Scizor se fez presente.

- Honey, ajude a pessoa incapacitada. E Tony, aqui em Brazen agimos como um espelho, ajudamos que nos ajuda e pedimos ajuda quando precisamos. Normalmente nosso ego não é tão inflado quanto os nossos músculos. Somos humildes, na grande maioria, desde que... bem, você perceberá.

O Scizor destruiu a esfera de seda em menos de um segundo, reduzindo-a a praticamente uma fina areia. May o retornou e voltou o seu caminho. Hererra estava com o peito estufado e segurava uma risada sobre Tony.

Blablablablablabla bla. Essa mulher já estava me enchendo o saco, eu não via a hora de chegar logo na maldita cidade e pegar o que tem que pegar pra ficar livre dela. Ela se acha muito a dona da verdade, e isso me incomodava ao extremo. Apenas ignorei tudo que ela disse, pra mim não se passava de hipocrisia.

Me levantei do chão, dei algumas batidas na minha roupa pra limpar um pouco a poeira e voltei a caminhar na direção em que ela estava indo. Dali em diante, eu só ia dizer o necessário.

Depois de mais algumas horas de caminhada, May parou de repente e se virou para Tony com os olhos mais abertos que o normal. Com passos fortes e decididos, o que era muito belo vindo de uma mulher de salto alto, ela parou na frente dele.

- Que dia é hoje?

Em seguida ela olhou no Kpad e pareceu frustrada. Ela olhou em volta e voltou a analisar o Kpad, olhando ao redor de vez em quando.

- Não acredito que eu esqueci....

Hererra a olhava curioso de cima do ombro do gangster.