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A jornada de Bastille

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Mensagem  Asb Hen Dom Abr 27, 2014 8:40 pm

Bastille voltou a vida com fortes tosses, engasgado ele expulsou muita água para fora dos seus pulmões. Aos poucos ele foi tomando consciência da onde estava. Primeiramente percebeu que estava em uma praia quando foi passar a mão na boca e sentiu a areia roçar o seu queixo. Em seguida os seus ouvidos pareceram desentupir e ele pôde ouvir o quebrar das ondas e o gritar de alguns Wingulls. Ele olhou em volta, ainda um pouco zonzo, era uma praia pequena, no máximo vinte metros de comprimento. Cercada por rochas e uma floresta densa que parecia ter tentado engolir a praia no passado. Ele estava sozinho debaixo daquele sol escaldante que teimava em ser refletido pela areia branca.

Ele percebeu que não trazia nada consigo além de algumas roupas rasgadas no corpo. Nada, absolutamente nada além desses velhos tecidos encharcados. O mar possuía águas claríssimas, o que possibilitava a visão do seu fundo, nada além da areia, algas e algumas pedras. Ao longe, muito longe, onde o céu encontrava o mar, haviam muitos navios. Eles deveriam ser muito grandes para ele conseguir enxerga-los. O vento lhe trazia algum refresco conforme balançava as folhas das árvores.

Seria descrita como uma praia paradisíaca se não fossem naquelas condições: Bastille estava com sede, fome e dor no corpo. Depois de sair em busca de respostas, o barco que ele havia pego havia ficado preso numa tempestade e acabou por ser engolido por um redemoinho, o que levou ao seu naufrágio. Agora era hora de recomeçar, onde quer que ele estivesse.
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Mensagem  Duque Victor Seg Abr 28, 2014 4:45 pm

Na escuridão mãos se aproximavam de Bastille. Ele tentou fugir, se defender, mas era apenas um menino, sem forças e sem destino. Sendo coberto, por dedos e a força daqueles que o queriam, ele gritou. Gritou alto até os pulmões se cansarem, até o desespero ser o único sentimento que restava em sua cabeça. Quando a insanidade lhe abraçou seus olhos abriram.
O beco escuro havia sumido. Uma luz forte entrou por entre suas pupilas, assim como o forte cheiro de sal invadiu suas narinas. Confuso tentou se erguer, mas a vertigem lhe atingiu. Bateu com as costas na areia e olhou o céu claro. Seus pulmões trabalhavam dobrado como se antes estivessem desprovidos de ar. Aos poucos a lembrança da dor retornou, mas apenas isso. Um buraco havia se formado em sua memoria. "Onde estou?", se perguntou Bastille.
Após se recuperar um pouco, levantou o tronco lentamente e pôs os olhos a trabalhar. Estava numa praia, habitada apenas por Wingulls e ele. Barcos distantes velejavam no horizonte preguiçosamente . Nenhum sinal de pegadas ou pessoas, além das marcas que ele mesmo fez ao chegar ali. Olhou para trás e viu árvores, que lhe passava a sensação de quererem invadir a areia. Nada ali era conhecido. Bastille estava perdido.
Ergueu-se reclamando da dor. Olhou em volta novamente como que para tentar encontrar algo que pudesse ter passado de sua vista. Nada se alterou.
Quando olhou para as roupas que vestia, ou melhor seus trapos, um gancho puxou suas memorias. Uma tempestade, um naufrágio, um homem perdido.
Bastille chutou a areia com raiva, porém a dor veio como resposta. Ele gritou de ódio. Estava preso numa lugar deserto, sem nada ou ninguém e o pior disso tudo era que nada daquilo tinha sido escolha dele.
Decidido a fugir do inferno paradisíaco ele se enfiou na mata fechada. Afinal a sede o estava matando, assim como o silencio daquele lugar.

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Mensagem  Asb Hen Seg Abr 28, 2014 5:23 pm

Depois do pesadelo ter tido fim, Bastille se viu preso em outro pesadelo. Decidido a não definhar naquele inferno paradisíaco, ele se levantou e adentrou á mata fechada. Suas necessidades primários o levavam a tomar tal decisão. A mata era bem fechada e abafada, o calor parecia ainda mais concentrado ali dentro. Para todos os lugares que ele olhava, as vegetação era diferente: enormes bananeiras, minúsculos arbustos, árvores medianas. Seguindo sempre em frente, cercado de verde e marrom, Bastille podia ouvir ruídos vindo de todos os lados, porém não conseguia enxergar a fonte desses.

Qual foi a sua surpresa ao encontrar uma enorme muralha vermelha a sua frente, a qual apareceu do nada na sua frente, uma vez que a flora o impedia de ver muito mais longe. A muralha era feita de enormes pedras rubras, seu topo parecia alcançar o topo das mais altas árvores, quase doze metros.

- Py!

Ao olhar um pouco mais acima da altura dos seus olhos, Bastille podo enxergar algo se movendo. Se não fosse por uma mínima chama que oscilava e dois pontinhos vermelho vivo, quase como gotas de fogo, aquela criatura não teria sido encontrada. Prestado um pouco mais atenção, o bicho podia ser definido: ele tinha quatro patinhas e um nariz redondo, nas suas costas estavam um pequeno par de asas. Duas antenas ligavam a lateral da sua cabeça ás minúsculas gotinhas de fogo. Seus grandes olhos laranjas estavam fixos em Bastille, enquanto as suas patinhas o prendiam á parede.
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Mensagem  Duque Victor Dom maio 04, 2014 8:26 pm

Bastille pisou firme na areia fervente para entrar na mata. Como se não fosse o suficiente o sol ter queimado sua pele, um calor sufocante, preso entre aquelas árvores, lhe arrancou o ar dos pulmões. Era como entrar num forno.
Limpou o suor que pingava de sua testa com a manga da camisa. Olhou para os trapos que estavam pendurados vergonhosamente em seu corpo. Arrancou o que antes era sua camisa e jogou no chão. As calças eram a única peça que ainda lhe restara. Com menos roupa a lhe cobrir, o homem notou as feridas e hematomas que antes não havia visto. “Mais algumas para a coleção”, pensou ao caminhar os dedos pelos cortes, os comparando as antigas cicratizes que ganhou no passado.
Ignorando a dor incessante, Bastille voltou a sua caminhada dura por entre as árvores. Apoiava-se nos troncos e pisava com cuidado nas raízes e folhas que cobriam o solo. A falta de ar lhe cobrava algumas pausas. Aquilo era um inferno, mas não teria sido melhor ir pela praia escaldante. De um inferno pro outro, o melhor era esquecer os problemas e seguir em frente.
Quando seus pés já estavam sangrando de tanto pisar em espinhos e objetos afiados, Bastille avistou uma forma vermelha a sua frente. Pensou ser uma miragem de sua insanidade, mas fosse o que fosse aumentava de tamanho conforme se aproximava. As árvores passaram a ficar mais rarefeitas e o espaço entre elas aumentou. O estranho objeto revelou ser um muro de tijolos vermelhos. Finalmente um sinal de civilização acalmou os nervos de Bastille, porém não era o fim de seus problemas.

-Como atravessarei essa merda! – gritou Bastille com raiva socando a parede do muro.

Seus punhos bateram com força contra a pedra escarlate. Suas mãos sangraram dando mais cor aos tijolos. Sem fôlego sua raiva se esvaiu. Seus olhos cansados procuraram por buracos ou sedimentos, mas nem se quer uma rachadura havia naquele muro, porém outra coisa passou por sua visão. Uma criatura, tão vermelha quanto o muro em que estava, encara o jovem. Tinha os olhos em chamas, o corpo pequeno e quatro patas que o seguravam na parede. A barriga de Bastille roncou.
Uma gargalhada alta explodiu dos pulmões de Bastille lhe cobrando uma tosse pesada e seca. Ele ria da decadente situação em que estava. Ria de desespero e fome.

- Saia daqui pequenino – disse rindo sem fôlego. – Antes que eu arranque sua cabeça e o coma sem dó.

Desprezível era sua forma, como se o passado tivesse voltado. Ele era apenas um garoto perdido, como sempre fora.

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Mensagem  Asb Hen Seg maio 05, 2014 11:55 am

O pequeno pokemon o olhou com curiosidade conforme Bastille socava a muralha. Seus enormes olhos o encaravam como se analisasse cada movimento. Ele deveras poderia tentar comer o pokemon, isso se conseguisse alcança-lo. Com movimentos rápidos como um lagarto, o pokemon escalou a parede alguns centímetros acima e ficou fora do alcance do menino, em seguida colocou uma minúscula língua para fora e como se estivesse espirrado, uma fina chuva de fogo saiu de dentro das suas antenas e caiu em cima do seu alvo.

- Py py py....

Era quase como se fosse uma risada, as chamas estavam longe de ser muito quentes, mas deveriam assustar o seu alvo. De repente, de cima da muralha veio uma voz estridente que não pode ser entendida. Em seguida um objeto caiu lá de cima em direção a Bastille.

A jornada de Bastille Kpokedex

De repente a imagem de um homem, mais parecido com um menino de loiro, com um jaleco. Estranhamente a imagem era holográfica e colorida, o que fazia com que os olhos azuis do homem focassem Bastille com exatidão e o seguissem conforme ele se movia.

- Tome cuidado! Os pokemons de Bennoh são bem perigosos e a sua grande maioria selvagens! Mas onde estão os meus modos? Me chamo Abel, erh... acho melhor nos falarmos pessoalmente. Venha, suba.

De repente a imagem holográfica se apagou e uma reprodução fidedigna do pokemon tomou o lugar do professor. Em seguida a mesma voz de Abel se fez presente.

- Pyromite, o pokemon salamandra. Pyromites são muito brincalhões e cheios de energia, sua natureza curiosa costuma coloca-los em situações complicadas. Raros de serem encontrados, esses pokemons costumam se dar muito bem com quase todos os outros pokemons, fazendo amizade muito facilmente. As gotas de fogo nas suas antenas e a chama do seu rabo simbolizam a sua energia vital, ao contrário do que se espera, se as chamas se apagarem Pyromite ficará debilitado, mas não morrerá por isso.

A jornada de Bastille 084-Pyromite

De repente uma corda se desenrolou do topo da muralha e caiu até quase a altura do chão. O Pyromite se afastou um pouco da corda e a olhou com curiosidade, intercalando entre a corda, o topo da muralha e Bastille.
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Mensagem  Duque Victor Seg maio 05, 2014 9:55 pm

Risos e ameaças não assustaram a pequena criatura que olhava tão curiosa para Bastille. A atenção naquele momento não era bem vinda para o homem. A fome e a insanidade lhe cutucavam a corpo com lanças afiadas, o forçando a atacar o Pokémon . Sua luta era inútil e suas tentativas nunca seriam bem sucedidas. O cansaço o prendia ao chão e a pequena salamandra estava metros acima dele, intocável e ainda curioso.

As ações de Bastille apenas provocaram uma inquietação na criatura que respondeu lhe lançando gotas de fogo. As chamas fracas atingiram a cabeça do rapaz queimando as pontas de seu cabelo. Ele xingou apontando o dedo do meio e se afastou antes que os próximos ataques viessem.

- Pequeno bastardo..

As palavras duras do homem foram interrompidas por um som oco. Um objeto estranho havia sido jogado por cima do muro e caiu próximo aos pés de Bastille. Assustado ele chutou a parafernália, que rolou para longe. Uma luz forte emanou de um ponto central do aparelho. Um holograma se formou no ar em forma de um garoto loiro, totalmente desconhecido de Bastille. Ele olhou atento a mensagem que o aparelho continha. Só poderia estar louco nesse momento, finalmente perdeu toda a sanidade.

Informações foram surgindo daquele aparelho, sobre o Pokémon no muro, sobre o dono daquele aparelho e onde Bastille havia parado. Tudo continuava uma incógnita. Antes que pudesse digeri-las, uma corda saltou pelo vão da parede. Sua fuga seria por cima do muro. Ele não sabia se deveria confiar naquela loucura, mas sua situação não seria melhor se ele ficasse preso no inferno verde.

Bufando ele amarrou a corda na cintura como pode. Não teria forças para escalar. Pegou o aparelho no chão e o colocou no bolso da calça. Respirou fundo.

- ESTOU PRONTO! – gritou Bastille. – Amiguinho seu eu fosse você eu fugiria agora. Logo estarei ai em cima.

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Mensagem  Asb Hen Qui maio 08, 2014 6:36 pm

O pequeno pokemon olhou curioso para o que estava acontecendo ao seu redor sem, contudo, sair da onde estava fixo. Depois que Bastille amarrou a corda em volta da sua cintura e deu um grito, a corda começou a ser puxada. Pyromite subiu um pouco mais na parede quando ouviu as palavras do menino. Em seguida se aproximou da corda e encostou a gota de magma de uma das suas antenas na corda, a qual começou a queimar.

- Pyyyyyy......

O pokemon parecia estar se divertindo ao imaginar o menino despencando lá de cima e aos poucos a corda foi se rompendo. Uma voz de cima da muralha pode ser ouvida ecoar nos ouvidos de Bastille.

- É da natureza dos Pyromites essas brincadeiras! São pokemons bem divertidos!

Um sorriso sacana surgiu logo abaixo do grande nariz do pokemon conforme ele escalava a muralha e ia encostando as suas antenas em pontos diferentes da corda, sempre tendo o cuidado de ficar fora do alcance. A subida era lenta, não parecia ser algo automatizado tendo em vista os trancos que Bastille podia sentir. Se olhasse para baixo, ele poderia perceber que já tinha passado da metade da construção quando o pokemon deu uma risadinha e saiu correndo para baixo.

- MITE!!

Ele pulou para cima da corda e a desceu correndo, desviando de qualquer tentativa do treinados de segurá-lo e se alocando nas costas dele por baixo das roupas. Suas patinhas eram quentes e tocavam levemente a sua pele, de modo a fazer cócegas.

- Esta tudo bem aí? – Gritou Abel.

((Off: Pode considerar a chegada no topo da muralha no final do seu post))
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Mensagem  Duque Victor Dom maio 11, 2014 11:30 pm

(leia direito, Bastille ta sem camisa, só de calça)

A subida se iniciou lentamente. Fisgada por fisgada, o corpo dolorido e esgotado de Bastille era alçado. O pequeno Pokémon observava a subida atento com seus olhos sagazes. Decidiu que apenas olhar não era divertido e resolveu brincar com a paciência do garoto que anteriormente tinha lhe ameaçado. Suas chamas vindas das pontas de suas antenas chamuscavam a corda.

Bastille não tinha nem mais forças para xingar ou protestar. Em sua mente ele trucidada aquela criatura desprezível. Se estivesse em outro ponto ele até riria. Gargalharia do desgraçado que cairia de muitos metros por causa da travessura de um Pokémon. Ele deveria ser agora o motivo de risos de alguém. Os deuses riam dele lá de cima.

A voz distante lhe acalmava e misteriosamente sabia de tudo que acontecia, mesmo estando do outro lado do muro. Pyromite olhava com diversão nos olhos de Bastille. Pulou na corda e desceu até sua vitima fincando suas patas em suas costas nuas. Os braços do jovem balançaram levemente no reflexo, mas o movimento débil nem abalou a criatura que se aninhara ali.

Bastille consegui chegar finalmente no topo. Um cidade, ele finalmente viu civilização sendo iluminada pelo sol. A luz era mais intensa no topo do muro e ele teve que fechar os olhos. Fechou e caiu na escuridão. Seu corpo caiu.

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Mensagem  Asb Hen Seg maio 12, 2014 11:45 pm

(( Off: Sorry pelo detalhe. Esqueci que ele tirou a camiseta. ))

Bastille havia desmaiado ao chegar no topo da muralha, só teve alguns segundos de vislumbre da enorme cidade portuária de Plum. Quando abriu os seus olhos novamente, tudo estava iluminado e ele podia ver o lindo céu azul com poucas nuvens através de algumas enormes vigas de metal que pareciam segurar um teto de vidro. Aos poucos a sua audição voltava e ele podia ouvir pequenas fontes de água correndo e caindo ao seu redor. Uma leve brisa passou pelo seu corpo e ele pode sentir um pequeno peso sobre o seu peito.

- Pyyyyyy.....

O pequeno pokemon estava encolhido e dormindo sobre o seu peito, a chama das suas antenas pendiam mais para o vermelho escuro e a sua cauda estava levantada, mesmo enquanto ele dormia, o que evitava que Bastille tivesse sido queimado. A voz de Abel chegou ao seu ouvido direito, alegre e divertida.

- Que bom que você acordou! Esse pequeno quase entrou em parafuso quando você caiu desmaiado e não saiu de perto de você um minuto sequer durante esses dois dias. Acho que ele estava bem preocupado. Não que eu não estivesse, mas, bem... Me chamo Abel. Eu estava pesquisando alguns Dauphins e a sua variação dentro do bando quando te vi desmaiado na praia de Fleenguy. Quando eu cheguei lá você já tinha desaparecido, sorte que eu te encontrei quando percorria a muralha de Plum. Mas me diga, o que estava fazendo dormindo na areia?

O Pyromite ainda dormia tranquilamente em cima do menino. Ao seu redor estava um enorme e magnífico jardim de água, repleta de grama entrecortada por riachos. Alguns pequenos arbustos e árvores frutíferas completavam o local calmo e sereno.
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Mensagem  Duque Victor Ter maio 13, 2014 1:11 am

Desta vez a escuridão não tinha vozes. Nenhuma mão tentou agarra-lo enquanto estava perdido na inconsciência. Apenas o nada lhe abraçou quando nenhuma energia mais sobrou em seu corpo. Finalmente Bastille pode dormir sem sonhar com as sombras do passado. Acordou apenas quando seu corpo sentiu fome, grunhindo e reclamando.

Seus olhos se abriram e ele viu o céu. Nada de muro vermelho ou árvores verdes. Ligas de metal cortavam o ar, assim como vidro. Ele reconheceu que estava em algum local. Talvez uma casa ou edifício. Sentia algo quente em seu peito, movendo se junto com suas respiração. Era o pequeno demônio. Seu punho se enrijeceu em resposta, mas a visão da criatura indefesa relaxou seus nervos. Bastille nunca tocara num Pokémon a não ser para fazer carinho, e não seria agora que bateria em um.

Uma voz cortou o silencio. Um homem olhava Bastille com preocupação e ternura. Ele acalmou o jovem e explicou tudo que podia. Dois dias ele esteve fora do mundo. Dois dias sem sofrer.

- Obrigado - respondeu seco. - Onde estou? - perguntou olhando em volta para as águas que corriam livremente a sua volta. - Isso é um hospital? Eu estou bem. Não preciso mais de seus cuidados. Eu apenas estava caminhando pela praia. Sou um turista. O sol deve ter me desorientado um pouco. Vou embora agora.

Bastille pegou o Pyromite no colo e se ergueu. Uma força desconhecida o puxou de volta ao chão. Não podia se mexer. Com certeza a falta de comida o impedia de sair dali.

- Merda!

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Mensagem  Asb Hen Ter maio 13, 2014 2:36 am

Abel se levantou para ajudar Bastille, porém antes que ele o alcançasse, o menino já estava caindo. Pyromite saiu rolando pelo chão, batendo contra o pé de uma cadeira e andando meio zonzo pelo local. Quando o menino abriu os olhos novamente, ele estava a poucos centímetros do chão. Três caudas listradas de preto e branco o seguraram, impedindo-o de se movimentar muito. Elas eram grossas e peludas, muito confortáveis. Abel se levantou e caminhou até Bastille, o ajudando a se deitar novamente.

- Você precisa descansar. Estamos no Jardim das águas no fundo do Centro Pokemon de Plum. E se você estava só passeando pela praia, você veio da onde e onde estão os seus pokemons?

A jornada de Bastille 2nb99nl

Abel olhava para Bastille com curiosidade, estava agachado ao lado da maca onde o menino estava deitado. Ao pé da cama os rabos que o impediram de se esborrachar no chão se moviam de um lado para o outro. Ao seguí-los com os olhos, podia-se encontrar um pokemom.

- Esse é o meu companheiro Cain, o Lemuzzare. Ele é bem energético quando quer.

A jornada de Bastille 153-Lemuzzare

O pokemon, composto de três guaxinins, sorriu e as três longas caudas se moveram com maior velocidade. O pequeno Pyromite voltou o seu olhar para o menino suspirou algumas faíscas. Em seguida deu um corrida e subiu pela maca, pisando fortemente pelo corpo do menino até parar a alguns centímetros do seu rosto.

- PYYYYYY !!!!

Abel segurou uma risada, mas como Bastille estava deitado, Pyromite talvez parecesse bem grande e feroz. Ou não. Mas ele se esforçava para se fazer presente naquela situação, ele não gostava nem um pouco de ser levado levianamente.

- Parece que você conseguiu um companheiro. – Comentou Abel.
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Mensagem  Duque Victor Qua maio 14, 2014 4:12 am

A tontura se foi quando o corpo de Bastille voltou a se deitar na maca. "Que desgraça" ele pensava, "Terei que aguentar mais tempo aqui. Se eu pudesse eu mandava tudo pro inferno e dava as costas para esse estranho, mas por enquanto tenho que permanecer aqui"

- Eu me perdi. - mentiu. - Estava em um navio. Viajava num cruzeiro e aportamos nessa praia para conhecermos o local. Decide fazer uma caminhada e quando vi estava longe do meu grupo. Tentei voltar ao ponto de encontro, mas não conseguia achar nada nem ninguém. Devo ter ficado muito tempo no sol.

Bastille decidiu enganar aquele Professor. Abel, como se chamava, parecia muito dócil e fácil de persuadir. Seu Pokémon lêmure o vigiava e prendia o rapaz a maca com as macias caudas. Se ele quisesse mesmo fugir teria que convencer aqueles dois.

- Me chamo Louis, Louis Dupont. - disse fingindo um sorriso amigável nos lábios e levantando a mão direita. - Sou estudante. Meu pai pagou aquela viagem. Eu estava nos nervos depois das ultimas provas. Me tornar médico não será fácil. - terminou de dizer rindo.

Esperava que sua encenação tivesse sido convincente. Na primeira oportunidade ele seguiria sua vida adiante. "Grande merda me enfiei", pensou "Kant vai me pagar. Ele me prometeu essa fuga. Ele disse que o barco me levaria embora e agora estou na presença de um cara idiota que sorri pra mim como se eu fosse seu amigo".

Depois do ultimo show Kant aguardava Bastille no camarim. Depois um beijo os dois seguiram para o porto as pressas e entraram num navio. Seu agente e amante havia lhe prometido uma fuga e anonimato novamente. Aquela vida de cantor o entediou demais. Fãs, entrevistas, papparazzis. Uma incessante rotina que abusava de sua imagem.

Ultimamente tudo cansava Bastille facilmente. Criava nomes e vidas de tempos em tempos para saciar sua fome de novo, mas logo se cansava e abandonava tudo deixando nenhum rastro para trás. Ele iria deixar Kant no barco e também o deixaria para trás, mas a tempestade foi mais rápida. Limpou tudo como ele nunca poderia ter feito tão bem.

O pequeno Pokémon de fogo subiu no peito nu de Bastille, fincando suas patas nele, enfurecido. O rapaz apenas acariciou a cabeça de Pyromite e o acalmou. Aquele peste parecia ser de temperamento forte. Algo moldado pelo fogo. Um perfeito companheiro.

- Sim Abel. Eu consegui um novo amigo e com ele vou conseguir tudo o que quero...

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Mensagem  Asb Hen Sex maio 16, 2014 1:34 am

Abel ouviu a história toda em silêncio, sua pele e expressões sugeriam uma idade baixa, em torno dos vinte anos. Ele era, deveras, uma pessoa inocente, pura como a professora de Salvia gostava de sempre relembrar. Seus grandes olhos azuis estavam fixos nos de Bastille, como se ele pudesse absorver informações adicionais. Por fim ele se levantou, se afastou um pouco da maca e fez sinal com a mão direita. O Lemuzzare soltou as caudas e correu até o lado do professor, o qual se agachou e acariciou a cabeça dos três.

- Entendo. Mas sinto lhe informar que navios de cruzeiros de outros continentes só chegam aqui uma vez por ano. Nosso turismo interno é muito movimentado e Brazen não precisa de importações. – Ele se virou com um sorriso puro para Bastile. – Acho que você terá um ano de descanso da medicina e muitas aventuras pela frente. Se bem que você poderia aprender um pouco da nossa medicina, acho que poderia te auxiliar no futuro.

O pequeno Pyromite estava esfregando a sua cabeça no queixo de Bastille conforme Abel falava. Ele parecia ser um pokemon bem carinhoso com aqueles que gostava, mas o menino sabia que ele poderia ser um pequeno demônio quando queria. Ele se afastou um pouco e olhou com os seus enormes olhos para o seu novo companheiro.

- Bem, por onde começar? – Abel se sentou na grama e o seu pokemon se deitou atrás dele. Suas caudas serviram de apoio para as costas do professor. – Brazen é o continente em que você esta. Ele é dividido em Bennoh aqui no norte e Salvia ao sul do grande rio. E....bem, acho melhor você aprender essas coisas sozinho nas suas aventuras do que numa aula chata comigo.

Ele respirou fundo e se levantou com o auxílio do seu companheiro. Ele caminhou até perto da maca e passou a mão pela cauda do Pyromite. As pequenas asinhas do pokemon bateram forte e se afastou do professor, ficando em cima da cabeça de Bastille.

- Pelo jeito ele não gosta muito de mim. Bem, acho que você tem que descansar mais um pouco. Depois conheça a cidade de Plum. Meu laboratório fica em outra cidade, mas ficarei por aqui esses dias. Decida o que vai fazer.

Ele deu um tapinha na barriga do menino e começou a sair do local. Porém ele parou o seu avanço e se virou uma última vez, olhando para o aparelho que estava numa pequena mesinha do outro lado da maca.

- Esse aparelho que eu te joguei é uma pokedex, tecnologia importada de Salvia. Porém, bem, o último professor morreu em um trágico acidente no seu laboratório e nós perdemos todos os dados dos pokemons de Bennoh. Então, bem... você poderia me ajudar a coletar dados dos pokemons? Do Pyromite eu já tinha uma prévia, mas eu nunca realmente passei muito tempo com um, então acho que você poderia atualizá-la, por favor. É um aparelho bem fácil, é só você dizer: Pokedex entrada de dados, o nome do pokemon, e dizer quais dados você quer atualizar. Pode ser altura, peso, imagem, descrição. Tudo o que você descobrir sobre os pokemons.

Ele sorriu, mas dessa vez ele trazia uma certa angústia no olhar. Abel era um professor jovem e a sua história ainda seria revelada. Ele suspirou ao se lembrar de alguma coisa, então passou a mão no cabelo e olhou para Bastille novamente.

- Bem, agradeço a sua ajuda, se aceitar. Vai ser muito bom poder contar com você, Louis. Vou tentar entrar em contato com os seus pais para lhes avisar sobre o ocorrido. Você tem algum contato deles? Telefone, endereço?
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Mensagem  Duque Victor Sex maio 16, 2014 2:40 am

As palavras gentis do jovem professor entendiavam Bastille. Seu único conforto naquele dialogo era olhar o belo rosto do loiro. Se não tivesse todo quebrado e queimado poderia até tentar "pagar" a hospitalidade do estranho. Mesmo assim ele precisava continuar suas mentiras para afastar os olhos de Abel.

Quando a noticia de que ele estaria preso ali lhe foi dita, Bastille quis socar o homem. Um não explodiu em sua mente milhões de vezes. Ficar ali naquele lugar seria pior que a floresta em que havia quase morrido. Fingindo tontura ele se deitou e fechou os olhos apenas para não ter que encarar Abel.

Pyromite tentava lhe chamar atenção. Sua vontade era joga-lo no chão, mas não queria depois ter que suportar os ataques do Pokémon. Enquanto acariciava a cabeça da criatura, o jovem ouvia as ideias e explicações de Abel. Ele planejara uma forma de Bastille gastar seu tempo já que não poderia fugir de imediato.

A sugestão não foi de toda péssima. Ajudar estava fora de cogitação, mas conhecer aquele continente poderia ser produtivo. Talvez fora daqueles muros alguma coisa pudesse trazer de volta o animo a vida de Bastille. Qualquer coisas que mantivesse sua cabeça acima do pescoço ou que afastasse seus pensamentos do passado.

- Agradeço sua ajuda Abel - disse Bastille tentando ao máximo parecer cordial. - Mas no estado em que estou não posso ir muito longe. Além de que irei precisar de roupas e provisões.

Seu plano estava traçado. Pegaria o que necessitava com seu bem feitor e partiria rumo ao desconhecido sem olhar para trás. Mas antes que pudesse relaxar, a implicância de Abel arrepiou a espinha de Bastille.

- Bem, agradeço a sua ajuda, se aceitar. Vai ser muito bom poder contar com você, Louis. Vou tentar entrar em contato com os seus pais para lhes avisar sobre o ocorrido. Você tem algum contato deles? Telefone, endereço?

"Desgraçado", pensou Bastille.

- Hum... como posso dizer isso... - pensou Bastille procurando uma desculpa convincente. - Eu não tenho pais...bom eu tive pais... mas eles morreram. Sou sozinho no mundo.

"Essa foi a merda que consegui pensar?"



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Mensagem  Asb Hen Sáb maio 17, 2014 1:31 am

Abel franziu a sua testa ao ouvir a resposta de Bastille, por acaso ele não tinha dito que o seu pai tinha pago o cruzeiro que o levara até Bennoh? O menino guardava muitos segredos e pelo jeito não estava afim de compartilhar informações e não seria Abel a força-lo. Ele suspirou e apontou para um o lado oposto do jardim.

- Lá você encontrará o Centro Pokemon. Pode pedir roupas e provisões para a enfermeira. Embaixo da maca tem seis pokebolas, sabe o que são, espero. A pokedex, caso queira me auxiliar, esta com elas. Acho que isso é o suficiente por hora. Se precisar de alguma coisa a mais, não hesite em me procurar.

Ele deu um sorriso triste, não gostava quando as pessoas não eram recíprocas, mas também não gostava de força-las. Ele teria que se contentar com as meias verdades contadas naquele dia. Ele voltou a sair do local e acenou por cima da cabeça, enquanto a outra mão mexia numa pokebola retornando o seu pokemon.

- A gente se vê, Louis.

E assim Abel saiu do local deixando Pyromite e Bastille sozinhos no jardim das águas. Quais seriam os próximos passos do ex musico?
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Mensagem  Duque Victor Sáb maio 17, 2014 7:36 pm

Quando a porta se fechou, Bastille se levantou. Sua farsa funcionou o suficiente para fazer Abel ir embora. Ele tinha certeza que ainda veria aquele professor, mas até lá a mentira já teria ganhado mais força.

Pegou as pokebolas onde elas deveriam estar, assim como o PokeDex. Pyromite o olhava de cima da maca com seus grandes olhos curiosos.

- Veja bem. - disse Bastille. - Você pode vir comigo, mas eu não vou ser seu amigo. Não te darei carinho, nem atenção. Apenas comida e treinamento. Vou sair por aquela porta agora e se você quiser me acompanhar pode me seguir.

Bastille deu as costas ao Pokémon e seguiu seu caminho. Ele precisava atravessar o jardim para chegar no centro Pokémon. Sem olhar para trás ele seguiu em frente vendo um prédio adiante. Parecia ser o centro do qual Abel descreveu.

Entrou sem cerimonia. O local estava vazio, felizmente, tendo apenas uma jovem mulher por trás de um balcão. Andou até ela e lhe chamou a atenção.

- Meu nome é Louis. Fui mandado aqui pelo Professor Abel. Ele me disse que vocês aqui poderiam me ajudar. Preciso de roupas e suprimentos. - disse mostrando o corpo semi nu para a enfermeira. - Eu gosto de andar livremente, mas algumas pessoas podem se sentir "ofendidas" com meus trajes. - falou antes de piscar para a mulher.

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Mensagem  Asb Hen Qui maio 22, 2014 7:11 pm

Pyromite ouviu as palavras de Bastille e inclinou a cabeça um pouco para a direita, como se não tivesse entendido. Assim que o menino começou a caminhar, ele correu pela grama e escalou o corpo semi nú do menino, parando no seu ombro e apoiando uma das pequenas patinhas na bochecha dele.

Já no centro pokemon, o chão era lustrado em cor perolado e refletia a imagem acabada do menino. Sendo bem direto ele se dirigiu a moça que estava no balcão. Ela possuía longos cabelos loiros que caiam em camadas e um sorriso angelical. Ela não parecia ter entendido a piada do menino, mas riu por cortesia com uma das mãos na frente dos lábios.

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- Mas é claro que podemos ajuda-lo. É só seguir o Phill e o Kuro. Eles te mostrarão onde ficam as roupas.

Ela sorriu e um cachorro peludo saiu de trás do balcão. Nas suas costas se encontrava um inseto vermelho com antenas e uma cruz também vermelha na testa. Eles se dirigiram a um quarto um pouco mais afastado e o cachorro, Phill, abriu um armário e um baú. Em seguida saíram do local para voltar aos seus afazeres. Ali Bastille poderia encontrar praticamente qualquer tipo de roupa, era como se fosse um enorme closet. Algo de se esperar numa cidade com tantas praias: as pessoas iam a praia e esqueciam as roupas la.

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Mensagem  Duque Victor Sex maio 23, 2014 3:56 pm

Seu charme apenas arrancou uma doce risada. Ele deveria estar em retalhos, pois nem mesmo uma jovem havia caído em sua lábia pretensiosa. Após o arranhão em seu ego e a resposta da enfermeira, uma dupla de Pokémons apareceram para guiar o rapaz. Juntos seguiram para os fundos, passando por uma porta e chegando num deposito.

O cão abriu um armário enquanto o outro abriu um baú enorme. Roupas e outros itens estavam dispostos. Pareciam limpos e mais ou menos novos. Era de se admirar o que pessoas perdiam por ai. Bastille olhou distraído para as opções. O cheio de naftalina e sabão em pó invadiram suas narinas enquanto suas mãos passavam pelos tecidos das vestes. Acabou achando um par de calças jeans azul escura. Quando as vestiu sentiu o tecido colar em suas coxas e pernas, mas era maleável. Pegou uma camiseta também azul meio larga em seu corpo magro, mas a única que não parecia velha e puída. Os calçados em fila num canto pareciam que não serviriam em seus pés. Xingava enquanto vestia um por um e jogando pro lado aqueles que não lhe cabiam. Por fim achou um par de botas de couro marrom. Não eram algo que usaria. O cano ia até o meio de sua panturilha e tinha um pequeno salto, mas pelo menos era lisa e pouco gasta. Seu interior era como pisar em manteiga, uma ótima atribuição para uma viagem.

Bastille saiu de dentro do armário e rumou para o Baú. La encontrou itens pessoais separadoss por divisórias. Pegou um relógio preto para o pulso, uma bolsa tipo carteiro que atravessava seu corpo e um elástico para o cabelo. Procurou um espelho e achou um na porta do armário. Estava mais apresentável. Parecia um garoto comum. Por um segundo pensou que podeia pelo menos ser comum, mas sabia que a vida nunca permitiria isso.

Por fim pegou um par de óculos aviador e colocou no rosto. Bastile não conhecia a extensão da fama que tinha. A qualquer momento um fã poderia pular em seu pescoço. O cabelo preso e os óculos iriam protege-lo por hora.

Saiu do deposito e passou pela enfermeira. Mandou lhe um beijo no ar e seguiu para fora do centro. Um vida noda começaria depois daquelas portas

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Mensagem  Asb Hen Dom maio 25, 2014 1:12 pm

Pelo jeito, a enfermeira não tinha visto o beijo no ar de Bastille, pois ela estava passando a mão na cabeça do enorme pokemon cachorro. Isso não iria afetar o menino que agora estava se sentindo bem melhor com novas roupas. Ele deu o seu primeiro passo para fora do Centro Pokemon e pode observar toda a sua magnitude. O Centro Pokemon de Plum era praticamente uma obra de arte. Ao redor da construção tinha duas enormes ondas de concreto que davam uma aparência magnifica ao lugar. O teto era arredondado e vermelho, e um chafariz se fazia presente logo no saguão de entrada. A construção tinha dois andares e era feito praticamente inteiro de enormes janelas de vidro na sua parte frontal.

O clima dentro do CP era agradável mas ali fora, sob o sol, as coisas pareciam mais vivas. A cidade inteira parecia cheia de cor, estátuas e obras de arte dividiam espaço com pessoas de roupas de banho, carroças entulhadas de produtos de pokemons e personalidades de Benoh. Pessoas de todos os tipos andavam para todos os lados, a maioria alegre e de espirito leve. Pyro, que estava estranhamente quieto até agora, escalou o corpo de Bastille e se deitou em cima do seu cabelo, logo atrás do óculos de aviador. Ele parecia um pouco desanimado, mas curioso com a cidade e os seus moradores.
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